Os resultados de um estudo recente sugerem que o sono excessivo pode aumentar o risco de um indivíduo sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Uma análise abrangente envolvendo 31.750 homens e mulheres, com média de 62 anos, indicou que dormir nove horas ou mais pode aumentar o risco de AVC em 23% em comparação com as sete a oito horas ideais por noite. Curiosamente, dormir menos de seis horas por dia não parece ter o mesmo efeito sobre o risco de AVC, alinhando-se a pesquisas que destacam a relação complexa entre a duração do sono e a saúde cardiovascular [1].
Esta pesquisa neurológica também revelou que tirar cochilos mais longos que 90 minutos diariamente está associado a um risco 25% maior de AVC quando comparado àqueles que cochilam por 30 minutos ou menos. Aqueles que dormem nove horas por dia e tiram cochilos longos têm 85% mais chances de sofrer um AVC, reforçando a noção de que tanto a duração quanto a qualidade do sono são fatores críticos na gestão do risco de AVC [2].
Além disso, essa tendência de dormir em excesso pode perturbar os processos de armazenamento de gordura do corpo e sua capacidade de perder peso. Pesquisas indicam uma correlação clara entre o sono excessivo e o ganho de peso. Indivíduos que dormem em média mais de 10 horas por dia enfrentam um risco maior de obesidade do que aqueles que dormem de sete a oito horas, complicando ainda mais a relação entre padrões de sono e saúde metabólica [3].
É amplamente aceito que a falta de sono pode ser prejudicial, mas essas novas evidências destacam que dormir em excesso apresenta seus próprios perigos. Aqui estão alguns efeitos negativos comuns do sono excessivo que podem fazer você querer se levantar e brilhar um pouco mais cedo:
1. DOR DE CABEÇA
Dormir em excesso pode desencadear dores de cabeça severas e enxaquecas. O fenômeno chamado de "dor de cabeça de fim de semana" é pensado como resultado de flutuações em neurotransmissores vitais como a serotonina. Cochilos longos durante o dia podem perturbar os padrões de sono noturno, levando ao desconforto matinal, o que foi corroborado por estudos que ligam irregularidades no sono à prevalência de dores de cabeça [4].
2. DOR NAS COSTAS
Se você já sofre de dor nas costas, dormir demais pode agravar seus sintomas. Ficar deitado por longos períodos, especialmente em uma posição desconfortável, pode tornar os músculos mais rígidos e piorar a dor. Os médicos costumam aconselhar aqueles com problemas nas costas a permanecer ativos e limitar suas horas de sono, incentivando o exercício em vez de cochilos excessivos, já que a inatividade pode contribuir para síndromes de dor crônica [5].
3. DISTÚRBIO MENTAL
O sono crônico em excesso pode acelerar o envelhecimento do cérebro, particularmente em adultos mais velhos, que podem experimentar um efeito de envelhecimento de até dois anos. Isso pode prejudicar a memória, a concentração e a capacidade de realizar tarefas cotidianas, resultando potencialmente em distúrbios mentais degenerativos. Estudos recentes mostraram como a duração do sono pode influenciar o declínio cognitivo e aumentar o risco de condições como demência [2].
4. DIABETES
Além de promover um estilo de vida sedentário e ganho de peso, dormir em excesso também pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo II. A conexão entre o sono prolongado e o aumento da resistência à insulina destaca as perturbações metabólicas que podem surgir de uma duração excessiva do sono [3].
5. FADIGA
Passar tempo excessivo na cama pode levar a frequentes despertares e menos sono restaurador. Isso frequentemente resulta em fadiga diurna, impactando a função cognitiva, a estabilidade do humor e até aumentando a probabilidade de acidentes. Pesquisas indicam que dormir em excesso pode, paradoxalmente, levar a um aumento da fadiga e diminuição da produtividade [1].
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